Em um cenário marcado por incertezas climáticas e eventos extremos cada vez mais frequentes, o agronegócio brasileiro encontrou na meteorologia de precisão uma aliada estratégica.
Na linha de frente desse movimento está a Nottus, empresa de São Paulo especializada em previsões meteorológicas personalizadas para o campo.

Fonte: Site Nottus
Clima instável e riscos para o agro
O sócio e meteorologista Alexandre Nascimento explica que prever o clima não é mais apenas uma questão de conveniência — tornou-se uma exigência técnica, econômica e até de sobrevivência para os produtores rurais em todo o país.
Alexandre observa que as últimas cinco safras no Brasil apresentaram anomalias meteorológicas. Algumas foram prejudicadas pelo excesso de chuvas; outras, pela estiagem prolongada. Ainda que a última safra tenha sido considerada boa em termos de produtividade, os riscos continuam elevados — especialmente no Sul do país, onde, nos últimos quatro anos, o clima tem alternado entre extremos com impactos severos: ou chuva demais, ou chuva de menos.
Essa instabilidade climática tem raízes profundas. A média de chuvas no Brasil entre 2000 e 2010 já dava sinais de declínio, particularmente nos períodos tradicionalmente mais chuvosos. Essa tendência preocupante afeta diretamente os grandes reservatórios hídricos, essenciais para irrigação e geração de energia.
“Cada ano, a água se torna menos disponível”, alerta Alexandre. “Se não houver planejamento e gestão, os efeitos podem ser dramáticos.”
Na região da Bacia do Rio Grande, entre Minas Gerais e São Paulo, o volume de chuvas está significativamente abaixo da média histórica. A Nottus acompanha de perto essa situação, que pode culminar em uma nova crise hídrica já em 2026. Não seria a primeira: em 2019, a escassez de água levou ao corte de irrigação em diversas áreas agrícolas, priorizando o consumo humano e industrial.
Além da falta de chuvas, os eventos climáticos extremos também têm causado impactos inesperados. Em 2024, São Paulo sofreu apagões provocados por chuvas torrenciais, enquanto a Amazônia enfrentava seca, e os EUA registravam um calor histórico durante a Copa do Mundo de Clubes. “É o clima dos extremos se impondo”, resume Alexandre.
A resposta da Nottus: tecnologia e personalização
O trabalho da Nottus vai muito além da leitura de gráficos. Ele envolve análise integrada de modelos climáticos globais, inteligência de dados e conhecimento local do território. Um dos pontos centrais da previsão é o monitoramento dos fenômenos El Niño e La Niña, que afetam de forma decisiva a distribuição de chuvas no Hemisfério Sul.
O El Niño, costuma trazer chuvas intensas para o Sul e estiagens para o Norte e Nordeste. Já o La Niña faz o contrário, podendo favorecer safras no Centro-Oeste, mas prejudicar regiões mais ao Sul do país. Prever com antecedência a intensidade e a duração desses fenômenos permite que os produtores se preparem, ajustem o calendário de plantio e façam um uso racional dos recursos hídricos.

Fonte: Envato
A Nottus utiliza imagens de satélite, modelos probabilísticos e inteligência artificial para oferecer boletins sob medida para cada produtor. O diferencial está na interpretação personalizada: as informações meteorológicas são adaptadas ao tipo de cultura, à localização da propriedade e ao manejo utilizado.
Essa abordagem tem trazido resultados concretos. Produtores que contratam os serviços da Nottus conseguem antecipar decisões como o melhor momento para plantar, colher ou aplicar insumos. Isso reduz perdas, aumenta a eficiência e protege o investimento no campo.
Apesar dos alertas e das dificuldades climáticas, Alexandre destaca uma boa notícia: a previsão para este ano indica redução de até 40% nas queimadas em relação ao ano passado. Isso se deve à maior conscientização sobre o uso do fogo e a uma tendência de aumento da umidade em algumas regiões estratégicas.
Contudo, ele lembra que o efeito estufa natural, que sempre garantiu a manutenção da vida na Terra ao reter o calor durante a noite, está sendo intensificado pelas emissões humanas. O excesso de gases poluentes tem causado um superaquecimento que interfere em todos os aspectos do clima.
“Nosso trabalho na Nottus é justamente esse: entender os sinais que a atmosfera nos dá, traduzi-los em informação útil e ajudar o produtor a se adaptar com inteligência”, diz Alexandre.
Com um clima cada vez mais imprevisível, não é mais possível produzir com base apenas na experiência ou em previsões genéricas da TV. O campo exige dados confiáveis, personalizados e em tempo real. E isso a Nottus tem entregado com excelência.
Mais do que prever a chuva ou o sol, a meteorologia de precisão antecipa riscos, protege investimentos e garante produtividade. É, ao mesmo tempo, escudo e bússola para quem vive do campo. E no Brasil, onde o agro é a força motriz da economia, essa bússola é indispensável.
Entrevista com Alexandre Nascimento
Lonax Play – Quais os diferenciais que a Nottus oferece ao produtor rural em relação a outras empresas do setor?
Alexandre – A Nottus é uma empresa especializada em meteorologia para negócios, oferecendo soluções customizadas para setores como energia, agricultura e varejo. Buscamos as melhores tecnologias e ferramentas para fornecer análises precisas sobre o clima, auxiliando na tomada de decisões estratégicas.
A Nottus se diferencia pela robustez técnica e pela equipe de consultores experientes, focada em simplificar a informação para o usuário final. Além de previsões detalhadas, oferecemos consultoria personalizada e ferramentas que ajudam a antecipar as necessidades do negócio.
Lonax Play – De que forma o produtor rural pode se resguardar diante do risco cada vez mais evidente de escassez ou até mesmo de uma crise hídrica, apontada como tendência pelo gráfico de chuva média nos últimos anos?
Alexandre – Os produtores devem monitorar atentamente as previsões do tempo e adotar uma postura flexível nas decisões do dia a dia. Adaptar o manejo, a irrigação e o calendário de colheita aos momentos mais propícios são ações essencial para enfrentar a instabilidade climática. A opção por sementes mais resistentes à baixa disponibilidade de água, com ciclos mais curtos e adaptadas a temperaturas elevadas, também se mostra uma escolha mais assertiva em cenários de janela curta de chuva.
Lonax Play – Qual a importância da instalação de poços artesianos associados a reservatórios revestidos por geomembrana na sustentabilidade do campo em épocas de chuva escassa?
Alexandre – Qualquer medida que leve em consideração o risco hídrico é fundamental para a sustentabilidade no campo durante períodos de chuva escassa. Garantir o acesso contínuo à água, evitar perdas e permitir o armazenamento seguro para irrigação promove a resiliência hídrica da propriedade rural. Não se pode desperdiçar nada hoje — pois poderá faltar amanhã!

Da redação Lonax Play.
Lincoln Gomide, Jornalista Responsável.
Com revisão da equipe de Comunicação da Lonax.